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Professor e Cientista Politico da UFPB, Hermano Nepomuceno acompanhando LULA em CG |
Dicionário
Aurélio: “Estadista.S.2g.
Pessoa de atuação notável nos negócios públicos e na administração de um país;
homem ou mulher de Estado.”
José Bonifácio de Andrada
foi o primeiro estadista brasileiro, por ter sido o principal responsável pela
passagem do Brasil do século XVIII ao século XIX, com a ruptura do Pacto
Colonial e a nossa entrada no Concerto das Nações. O maior mérito do estadista
Andrada – Ministro dos Negócios do Reino
de Portugal e, depois, do Império do Brasil – foi alcançar a independência
nacional assegurando a unidade territorial da extensa colônia americana de
Portugal. Ao abrir o Século XIX, intensificaram-se as pressões pela independência
da América Ibérica, feito já alcançado pelas colônias inglesas da América do
Norte e pela colônia francesa do Haiti, ambas ainda no Século XVIII. O processo
de independência na América espanhola estabeleceu também a forma da República
mas resultou em sua fragmentação territorial, com surgimento de vários estados,
citando, apenas na América do Sul: Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile,
Venezuela, Bolívia, Peru e Colômbia. Eis a grande engenharia política de José
Bonifácio: garantir a unidade territorial da América lusitana, nos assegurando
esta potência geográfica que é o Brasil, ainda hoje. Mas o custo social,
econômico e político foi altíssimo. Nossa independência foi fruto de acordo com
a Monarquia dos Braganças; e o príncipe herdeiro português se metamorfoseou no
primeiro imperador brasileiro, descartando a forma da República e barrando a
perspectiva democrática. A base material foi o latifúndio agroexportador
sustentado pela manutenção do mais iníquo e degradante regime de trabalho: a
escravidão; com todas as mazelas sociais daí decorrentes.
Saímos do século XIX do modelo
oligárquico, agroexportador e rural e da “República Velha” – sua continuidade
política e institucional – e adentramos ao século XX pela obra do segundo
estadista: em aparente paradoxo – mais uma vez – o oligarca gaúcho Getúlio
Vargas. Rompemos, em meio à quebradeira mundial de 1929, os grilhões da
monocultura da agro exportação, criando a indústria de base (a partir do
complexo econômico: siderúrgica de Volta Redonda, mineração do Vale do Rio
Doce, rede ferroviária federal, porto de Tubarão, coque de Criciúma e a
navegação de cabotagem); legalizando as relações capitalistas de trabalho com a
CLT; modernizando o Estado, via DASP. E ainda tivemos, na Constituinte de 1933,
as conquistas do voto secreto e do sufrágio feminino. Mas, aqui também, pagamos
um custo muito alto: a perda das liberdades pelo estabelecimento da ditadura
feroz do Estado Novo, com o golpe de 1937.
Saímos do Século XX com uma economia
dependente e submissa ao capital especulativo internacional, nos marcos do
neoliberalismo, e com largas parcelas do nosso povo em situações de exclusão
social e sem acesso ao mercado formal. Uma crise financeira em qualquer ponto
do globo afetava a economia brasileira. Mas adentramos ao Século XXI estruturando
um novo modelo econômico de desenvolvimento sustentado, fortemente ancorado no
crescimento do nosso mercado interno, e promovendo uma verdadeira revolução
social, através de políticas públicas que permitiram a inclusão em massa de
brasileiros ao mercado formal e de um processo intenso e ampliado de ascensão
social que beneficia milhões de famílias. E, desta feita, realizamos este
grande salto sem exclusão social, sem subserviência ao estrangeiro e sem o
sacrifício das liberdades e da democracia, graças à capacidade política e à visão
estratégica, combinadas a uma profunda sensibilidade social, dada pela própria
vida, do nosso terceiro estadista: o presidente Lula.
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Acredito e considero o presidente Lula o terceiro estadista. No entanto estamos longe desse salto sem exclusão social,os programas de benefícios sociais não conseguiram diminuir seus o numero de beneficiários, inserindo-os no mercado de trabalho, os postos de trabalho começam a cair, a informalidade continua aumentando, as áreas de vulnerabilidade social cresce em todo o país. Precisamos de políticos mais honestos, que tenham respeito pela coisa pública, respeito pelo povo brasileiro, compromisso com o social e com a coletividade.
ResponderExcluirUma boa lembrança da nossa história, precisamos de políticos mais comprometidos com o nosso país, para que ele cresça mais socialmente, economicamente e culturalmente. Um país mais justo pra todos.
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