07/03/2012 - 16:03:13 As mulheres da CNM/CUT Neste mês do Dia Internacional da Mulher a CNM/CUT vai apresentar uma série de matérias sobre as dirigentes que integram a equipe da Confederação. A nossa secretária da Mulher, Marli Melo do Nascimento e também a primeira mulher a ser presidente de sindicato dos metalúrgicos dentro da CUT, abre a série de entrevistas Mara Grabert Vamos contar um pouco da história da mulher, mãe, trabalhadora e dirigente sindical. Marli Melo do Nascimento é de Campina Grande- PB e sindicalista desde 1994. Trabalha na empresa Cotebras há 19 anos. Tem uma filha de onze anos, chamada Jéssica. Desde o começo de sua vida como metalúrgica, a dirigente sindical já ficava indignada com tantas coisas que, no seu entendimento, deveriam ser modificadas. “Estou me referindo às condições de trabalho e a situação das mulheres trabalhadoras e também dos trabalhadores. Aos poucos fui me inteirando com o movimento sindical e percebendo que era o momento de agir. Minha forma de pensar é de que não adianta ficar reclamando de tudo e não fazer nada. É preciso marcar presença. Foi assim que comecei a frequentar as reuniões do sindicato, levando as reivindicações da categoria para serem avaliadas”, conta Marli.
Marli lembra o começo de sua atividade como sindicalista, em 1994 e fala das dificuldades que passou. “Tive muita dificuldade no início pela total falta de formação sindical. Tem muita gente que até hoje ainda pensa que movimento sindical é sinônimo de baderna. Pelo fato de estarmos em cima de caminhão, em porta de fábrica, falando ao microfone, as pessoas ficam imaginando que é farra. Quando na verdade, se nós sindicalistas não fizermos a agitação necessária, nunca vamos conseguir chamar a atenção dos patrões”, esclarece. As conquistas A dirigente sindical destaca a necessidade de a mulher atuar no movimento, mas acrescenta que não é tarefa fácil. “Atualmente já conseguimos conquistar o respeito das companheiras e companheiros, pois ao longo desses quase vinte anos, trouxemos várias conquistas para a categoria, que só foi possível com muita luta e garra das companheiras também”, enfatiza.
Dentre as conquistas, a dirigente destaca o aumento de mulheres no quadro de sócios e na direção, os avanços salariais e as cláusulas da CCT referentes à questão de gênero. E também sua atuação como dirigente sindical – a primeira mulher dentro do ramo e da CUT a assumir a presidência de um sindicato dos metalúrgicos, cargo que exerce desde 2004. E sua atuação como secretária da Mulher da CNM/CUT. A agenda do coletivo é extensa. Para ter uma ideia, a dirigente já fez várias viagens internacionais para levar a experiência da CNM/CUT a outros países. No sindicato o trabalho não para. “A atuação no movimento como presidente é representar o sindicato em atividades politicas e sindicais. Também participamos ativamente nas campanhas salariais, representado a categoria nas negociações e somos responsáveis pela própria conduta e pelos atos da diretoria do sindicato, em juízo e fora dele. Em especial para o Dia Internacional da Mulher, Marli diz que” as conquistas só são possíveis com a atuação firme de todos nós, dirigentes, trabalhadoras e trabalhadores. A verdadeira liberdade somente será conquistada na medida em que a mulher lutar ombro a ombro com os homens por uma sociedade mais justa e igualitária. Em nenhum momento nós desistimos das causas da categoria. Somos fortes, somos firmes”.
“O encontro com Lula foi um momento muito importante para mim, foi um sonho realizado. Pela pessoa que ele é, um sindicalista sem igual e para mim o melhor governo que tivemos, ele não era Deus, mas conseguiu fazer mudanças na sociedade que outro não fará, ele tem e terá sempre a minha admiração”, diz Marli. Mara Grabert - Imprensa |
sábado, 10 de março de 2012
Sindicalista Campinense é homenageada nacionalmente
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