Outro dia em um circular da linha transversal 202, presenciei e ouvi uma conversa entre dois motoristas que aparentavam terem uns quarenta anos de idade e vários de profissão. Na saída do terminal de integração entramos em um congestionamento que se prolongava até o trecho da Avenida Floriano Peixoto nas proximidades do viaduto. Eles começaram falando do péssimo estado de conservação dos corredores de transporte coletivo, relembraram o inicio da primeira gestão do Prefeito Veneziano quando implementou o programa vias abertas com o asfaltamento de diversas ruas na cidade priorizando naquele momento os corredores de ônibus.
Depois iniciaram uma longa conversa sobre o que a PMCG através da STTP poderia fazer para melhorar o trânsito na Floriano Peixoto oque para eles seria uma ação de maior impacto e, no entanto, mais difícil do próximo gestor alterar. Segundo os motoristas mudanças de locais de paradas já foram feitas diversas vezes e depois não surtiu o resultado e altera-se novamente.
O motorista que estava dirigindo o ônibus pergunta pro companheiro ao lado: você lembra quantas vezes a Avenida Floriano Peixoto já mudou? Para que servem os CANTEIROS?
Antes de responder estas questões vamos ajudar a população através de fotos acompanharem algumas mudanças ocorridas nesta avenida no decorrer dos anos.
1930 - Av. Floriano Peixoto - Depois da Missa 1935 - Av. Floriano Peixoto
1940 - Av. Floriano Peixoto 1975 - Av. Floriano Peixoto
2011 - Av. Floriano Peixoto
Como leigos vamos tentar responder os questionamentos dos motoristas sobre a Avenida Floriano Peixoto. O canteiro central existe para separar o fluxo de trafego em vias que possuem dois sentidos. Também são usados como suporte para iluminação publica, para a travessia de pedestres (utilizado quando a avenida é muito larga) e espaço para arborização. A largura destes depende da classificação da via (arterial ou coletora) e da largura total da pista. Esses critérios são definidos pela lei de uso e ocupação do solo.
Ao observar as mudanças ocorridas nos canteiros da Avenida Floriano Peixoto no decorrer de décadas podemos afirmar que estes já serviram de suporte para iluminação publica, espaço de arborização, travessia de pedestre, além da sua principal utilidade que é a de separar o tráfego da via. Quanto à altura, comprimento e largura tiveram diversos formatos neste período.Quanto a sua construção já foram de concreto, pedra e ecológicamente correto quando eram retentores de águas, entre outros.
Ressaltamos que as árvores mudaram de local no decorrer dos anos saindo das calçadas e ocupando os canteiros centrais. Não sabemos se foi impulsionado pelo crescimento do comércio ou por pressão política dos proprietários dos imóveis. O que vemos na extensão da avenida do lado da PMCG até o viaduto é a existência nas calçadas de apenas 6 (seis) árvores de grande porte.
Agora caros leitores, vocês poderiam nos perguntar o que tem a ver os canteiros da Avenida Floriano Peixoto com o papo de motorista? E responderemos que na verdade o motorista que estava no volante sugeriu pro companheiro que para melhorar o fluxo de veículos na avenida a gestão deveria pensar em estreitar os canteiros. Não somos engenheiros de transito estamos expondo uma opinião de um cidadão comum que saturado com as mudanças nos sentidos das ruas centrais e das paradas de transporte coletivo ousa propor algo inovador, criativo e polemico.